Melhor qualidade de vida com os cuidadores do futuro?
A digitalização é um fator importante. No futuro, os residentes serão mais conhecedores da tecnologia e exigirão mais entretenimento digital. Espera-se que as pessoas mais velhas possam viver de forma mais independente graças aos avanços na robótica e à investigação sobre estilos de vida mais saudáveis e tratamentos para certas doenças. No lar de idosos e casa de repouso do futuro, os cuidadores terão, portanto, de receber as competências e a formação necessárias para cuidar das gerações futuras. Isto inclui numerosas tarefas: monitorizar a saúde e o bem-estar, administrar medicamentos ou prestar apoio emocional e companhia.
De seguida, iremos apresentar-lhe três áreas importantes para os cuidadores do futuro e que têm um impacto positivo na qualidade de vida dos residentes.
1. A pessoa no centro dos cuidados
Novas gerações de residentes irão entrar no sistema de cuidados, pessoas de idade com conhecimentos tecnológicos, com diferentes expectativas de estilo de vida e habituados a um elevado grau de individualização, e os cuidadores terão de encontrar uma forma de satisfazer estas novas exigências. Enquanto os residentes de hoje podem querer ler um livro ou jogar uma partida de xadrez, as gerações futuras necessitarão de acesso à Internet ou de jogar videojogos. É da responsabilidade do prestador de cuidados encorajar esta situação e oferecer atividades que enriqueçam a vida. A pessoa deve, portanto, ser o centro dos cuidados. Os residentes devem ser vistos como indivíduos e partes iguais. Em vez de lhes serem retiradas todas as tarefas, devem ser-lhes atribuídas conscientemente determinadas tarefas.
A digitalização e as novas tecnologias serão incorporadas em muitas atividades dos residentes, mas é igualmente importante que os cuidadores integrem a personalização noutras experiências e processos.
Numa análise sobre «Como devem ser as casas de repouso do futuro» foi destacado que alguns lares de idosos e casas de repouso na Europa já estão a dar o exemplo no que diz respeito a novas perspetivas nos modelos de cuidados. Uma casa de repouso no Reino Unido, por exemplo, foi concebida em função do ritmo da vida quotidiana: aqui, é possível fazer compras, lavar a louça, pôr a mesa e muito mais. As situações individuais são recriadas de forma tão realista quanto possível: uma clínica com uma sala de espera no local, um salão de cabeleireiro e até uma frutaria. Os residentes são tratados como «clientes» e o pessoal intervém tanto ou tão pouco quanto necessário. Nos Países Baixos foi criado um modelo semelhante para pacientes com demência. O pessoal não usa uniformes típicos e tem formação no setor da hotelaria e restauração. A análise destaca que ambos os modelos se centram no prazer de viver dos residentes, para que estes possam continuar a desfrutar do momento nos seus últimos anos de vida.
2. Formações avançadas para cuidados melhores
A necessidade de cuidados de um residente depende do seu estado de saúde. Os tratamentos padrão não são adequados, especialmente porque os residentes do futuro terão condições diferentes das atuais: é presumível que doenças como a demência ocorram com maior frequência e que a neurodiversidade, como a PHDA e o autismo, seja mais facilmente reconhecida.
Embora os cuidadores recebam formação profissional, as suas aptidões e competências podem ser desenvolvidas através de formações especializadas. Para além de cursos padrão importantes, por exemplo relativos à demência, os cuidadores também precisam de mais formação noutras áreas, incluindo lidar com perturbações do espectro do autismo ou identidades LGBTQIA+, uma vez que cada vez mais residentes farão parte desta comunidade.
O cuidador do futuro também deve estar aberto a familiarizar-se com as novas tecnologias para apoiar determinadas atividades. Pode ser a utilização de soluções digitais para registar e monitorizar a saúde dos residentes, a utilização da realidade virtual na formação ou a colaboração com robôs de cuidados.
3. Soluções para mais tempo
Um dos maiores desafios na prestação de cuidados é a falta de tempo. As razões: demasiado trabalho administrativo e falta de pessoal devido a um recrutamento e uma retenção de pessoal insuficientes. Este problema não será resolvido num futuro próximo. A tecnologia é a melhor forma de aumentar a eficiência das casas de repouso para que o pessoal tenha mais tempo para os cuidados, mas também existem soluções alternativas que podem ter um impacto positivo. Dar mais independência às pessoas que vivem em lares de idosos e casas de repouso não só melhora a sua qualidade de vida como também dá aos cuidadores mais tempo para os residentes que precisam de ajuda extra. Este aspeto está intimamente ligado à abordagem centrada na pessoa. Uma vez que os residentes saudáveis e ativos que gozam de independência são muito mais autónomos. Se as tarefas secundárias nas casas de repouso (tarefas de apoio à operação principal, como a lavandaria) também forem organizadas de forma mais eficiente, o pessoal de cuidados pode dedicar ainda mais tempo aos residentes.
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Suportar a qualidade de vida
O futuro está a chegar mais depressa do que pensamos. Novas gerações estão a entrar no sistema de cuidados, pelo que os cuidadores precisam de formação e recursos para responder às novas exigências dos residentes do futuro. Juntos, podemos oferecer aos seus residentes uma melhor qualidade de vida. Descubra como as soluções Miele Professional o podem ajudar na sua jornada.
- 1.careandnursing-magazine: https://careandnursing-magazine.co.uk/technological-future/
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- 4.hee.nhs: https://www.hee.nhs.uk/our-work/person-centred-care
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- 6.healthdata: https://www.healthdata.org/research-analysis/health-policy-planning/health-forecasting
- 7.Statista: https://www.statista.com/topics/7965/residential-care-in-europe/